Em reunião com gestores da Sefaz-PB, quinta-feira última (16/11), o secretário Marialvo Laureano afirmou que as dificuldades enfrentadas pela nossa Secretaria, apontadas pelo Sindifisco-PB, são de responsabilidade dos gestores, ou seja, nossos colegas.

A competência de autorizar investimento em nosso parque tecnológico, assim como aquisição de novos equipamentos e a preservação de um ambiente de trabalho e atendimento ao público salubre, bem como a remuneração do Fisco é de exclusiva competência do secretário da Fazenda.

Ao longo dos últimos 10 anos à frente da pasta, o resultado da atuação do Secretário é visivelmente sofrível, sobretudo no quesito primordial para o bom funcionamento que são os recursos para o órgão. A Sefaz-PB sofre as consequências, o “apagão digital” foi um grave exemplo disso. Se fizermos um recorte dos últimos quatro anos, do orçamento destinado à Sefaz-PB para investimentos, foram executados menos de 10% do previsto.

Bom lembrar que na “gestão Marialvo”, o Fisco paraibano passou a “ostentar” a vergonhosa posição de pior salário do país comparado com os 26 estados da federação, ainda sim, bem distante do penúltimo colocado.

Além de todo o descaso, que beira a irresponsabilidade, o secretário segue com seus velhos rompantes autoritários e antidemocráticos, carregando na bagagem um histórico de mal desempenho na gestão de pessoas e de relações institucionais. Há sete meses não recebe a direção do Sindifisco-PB, que tenta dialogar para que resolver os problemas, que se avolumam a cada dia.

A diretoria do Sindifisco-PB, inteiramente consciente de que representa nossa categoria fiscal, reitera as críticas e continua alertando a todos, inclusive outras instâncias de governo e aos contribuintes, sobre o sucateamento da máquina arrecadadora, e lamenta o fato de a Paraíba ter, atualmente, um secretário que não chama para si a responsabilidade inerente à função dele,  e transfere para assessores obrigações de sua exclusiva competência.

É patente que o secretário não acompanha as mudanças de novos tempos, prefere a inflexibilidade e o modus operandi de gestões passadas, e todos sabemos o quanto isso foi ruim para a Paraíba.